Pensamentos soltos mas nem tanto...



segunda-feira, 19 de março de 2012

Não acabou...
sempre sobra alguma coisa!

Eu sou... pelo que não sou



Não sou mais menininha...sou uma mulher já de 35 anos, embora não pareça, nem fisica (graças à Avon) nem mentalmente. Não sou uma profissional de sucesso, busco a paz de espírito e uma pizza de vez em quando.

Não sou mãe, mas tenho uma cachorra que encanta todo mundo com sua docura e delicadeza. Não sou esposa, porque ainda não decidi se caso ou compro uma bicicleta. Não sou a namorada porque sou “ficante” eventual (que merda) e não sou uma boa  ficante, porque acabo sempre me apegando mais do que deveria. Não sou a filha ideal, mas amo e admiro meus pais tanto, mesmo e ainda assim.  Não sou a amiga parceira, porque só vou onde realmente gosto de ir, mas sou a amiga que perdoa, escuta, acolhe e entende. Não sou a vizinha simpática, não sou, mas sou discreta e não me meto na vida dos outros, inclusive cumprimento até.

Não sou rica, nem sou pobre, mas sou aquela que anota tudo, e entra num transe contando moedas, que não sabe dar troco e não desperdiça dinheiro com (muitas) futilidades.

Não sou atleta, mas adoraria, se não fosse tão preguiçosa, nem viciada em coisa alguma, porque detesto dependência. Não sou gostosona, mas tenho meus atributos. Não ando bem arrumada, mas tenho uma "certa" originalidade. Não danço funk, nem vou até o chão, chão-chão-chão, mas mexo o corpo quando realmente é conveniente. Não gosto de sertanejo nem de pagode, porque presto muita atenção nas letras. Não sou a moça recatada, embora admire muito, porque é difícil demais controlar meus desejos e o frio na barriga me faz sentir viva. Gosto de me surpreender comigo mesma e me deixo levar pela borboleta colorida que voa convulsiva em frenéticos espasmos.

Não sou religiosa como gostaria, mas acredito que Deus é bondade e que no fundo, livres do medo e da defesa, todos temos um tanto de bom em nós. Eu mesma tento todos os dias fazer o bem e, como não consigo, também não faço o mal.

Cansei de ouvir de todo mundo como é que se trabalha, se ama, se permanece, se constrói ou como se deve ser.

Acabo de aceitar a mim mesma, simplesmente e inteira... e com a paz bovina de quem pasta suavemente numa manhã de outono. Ruminando o capim, com calma, paciência, tolerância de quem usa aparelho ortodôntico.

sexta-feira, 4 de novembro de 2011

Dá trabalho...


Tava andando boba demais, feliz demais, leve demais, otimista demais
Tanto, tanto que perturba, que ofende.  Se torna insuportável.
Cansei de estar com a gaveta da alegria cheia de tanto vazio, por isso escolhi ser maluca e pronto.
Escolhi a demasia, o desequilíbrio a palhaçada. Anestesiada, imunizada às dores da vida.
Porque viver dói. O mundo dói...amar dói . E tudo dói tanto...
Não é fácil alimentar essa bolha de sabão... Deus sabe o esforço que faço todos os dias para me contentar com o que tenho, encontrar beleza na simplicidade, enxergar o dia a dia como uma possibilidade de ser sempre melhor... dá trabalho. 

quinta-feira, 15 de setembro de 2011

Into the wild

Chorei até pegar no sono ontem...
fiquei pensando...e sentindo gratidão pela vida e amor pelos meus pais...e vontade de te abraçar bem apertado...
No início fiquei meio preocupada, pq meus amigos diziam q este filme era minha cara... e eu pensei... que coisa... por mais suavizada que estou, pela maturidade, aceitação, ainda tenho nos olhos o brilho da inquietude... da revolta, da rebeldia... mas é só o brilho mesmo, porque o resto virou CONTEMPLAÇÃO, CONTENTAMENTO, ACEITAÇÃO e chamem como quiser, resignação, estagnação, conformismo, eu chamo de SABEDORIA.

Entendo... que as crianças querem tudo... e os velhos não querem nada. As crianças querem tudo porque suas páginas estão em branco...não tem história guardada. Os velhos... não querem  nada... porque sua própria história basta... é o que eu espero de mim, carinho pelas minhas escolhas, perdão pelas minhas falhas, gratidão pelo caminho que percorri e sabedoria para não esquecer o que realmente importa na vida.

É incrível como a gente endurece... qto mais civilizado, mais embrutecido. Ontem me peguei tentando atravessar a rua... e... eu tenho medo. Tenho medo do trânsito. Tenho medo porque... quase ninguém enxerga para fora dos carros, tenho medo...poque lá fora sou confundida com pó e asfalto... tenho medo do olhar das pessoas e as vezes tenho medo do meu próprio olhar, um olhar de pressa... um olhar que buzina...xinga e tiroteia.

Chorei demais qdo vi aquela parte q ele mata o alce e não pela morte do bichinho, mas pela "ganância" (natural do ser humano) de ter mais, mais, e guardar pra depois...mesmo quando apodrecer é inevitável... mesmo lá na natureza selvagem, ele repetiu o mesmo comportamento da civilização. E chorei porque a gente não escapa disso... não tem pra onde fugir. 

E chorei também quando o velhinho foi só até a metade do morro, e isso tava bom pra ele... porque o bondinho também podia ser belo e ele aceitava sua condição senil...

O mais louco é que todo mundo ajudou o cara... que queria ir pro Alasca, porque no fundo, todo mundo tb queria um dia ter ido...

E no fim... olhei pra minha vida... e não sei se estou no caminho certo. Mas sei que estou no caminho que é meu e eu aceito... 

Fiquei chorando e lembrando... de quando era criança... que também chorava as vezes até dormir... e isso era bom...porque eu só chorava... e quanto tempo não fazia mais isso...
E não é tristeza não... é uma dor de existir... e ser... e deixar doer, sem fazer nada, sem querer nada... só deixar ser... 
E.. como foi difícil não fazer nada... não correr para o e-mail, compartilhar no facebook, ligar para você... te acordar no meio da noite.

Então, eu escrevi uma mensagem no meu celular... e enviei pra ti e pra minha família... Só que não tinha crédito, e eu sabia disso mesmo assim e tenho certeza que vcs receberam.

E eu fico meio boba... e feliz... porque um filme me atravessa, me arrebata...ainda. 
Eu posso cair em segurança...

quarta-feira, 4 de maio de 2011

Confissões Alpha


Acontece comigo que, quando pegando no sono, alguns minutos ou segundos antes de dormir tenho pensamentos mirabulantes...  e sinto uma vontade louca de sair da cama naquela hora, naquele exato momento, levantar e MUDAR O MUNDO...
Daí o sono bate e eu adormeço... e o mundo?
... Continua a salvo (de mim).


sexta-feira, 17 de dezembro de 2010

Paradoxos modernos...

Eu to "off " mas to "on"...
Eu vou estar "invisivel", mas me chama se precisar...

"As mulheres são iguais aos homens, mas não devem se comportar como tal"




quarta-feira, 1 de dezembro de 2010

A beleza

A beleza é como um esteriograma
aparece de acordo com o jeito de olhar...

quarta-feira, 10 de novembro de 2010

Tenho aprendido no yoga a relaxar
tanto...tanto
que já sei que morrer é bom!

terça-feira, 19 de outubro de 2010

Os nós...

Fiquei pensando...

Porque é tão bom sair de si?

Beber além da conta, tirar o pé do chão?

...não é fuga não, desespero, não é comemoração.

é apenas afrouxar os nós...

deixar a vida balançar e rir

quando na verdade se quer chorar
é pura contradição.

segunda-feira, 11 de outubro de 2010

A vida

O sonho é um tempero para a vida
a ilusão...
é aquela deliciosa gordurinha que faz mal.

terça-feira, 5 de outubro de 2010

Está no meio...

O amor está entre o que te prende e o que te perde...

quinta-feira, 23 de setembro de 2010

Calada


Engraçado...eu pensava que escrever "me esvaziava"...
mas ao contrário
quando escrevia,
era do vazio que eu falava.

Agora ando tão calada!

quarta-feira, 8 de setembro de 2010

ihh Ferrô!

Somente quando encontramos o amor,
é que descobrimos o que nos faltava na vida.

terça-feira, 17 de agosto de 2010

Poeminha...que não interessa ninguém!

Larguei a psicologia de mão,
deixei de lado a religião
não quero saber de aboslutamente nada
que tenha explicação


Isso não é desdém
Posso ser assim
e o que é que tem?


segunda-feira, 9 de agosto de 2010

Já pediu seu pai em casamento?

Você já pediu seu pai em casamento quando era criança?
O primeiro homem de nossas vidas. Basta saber como ele é para saber o que procuramos “sem querer” nos outros homens. Você já pensou qual é a semelhança do seu namorado, marido ou ficante com o seu pai? Sem querer fazer psicologia de botequim mas, na verdade sempre tem alguma relação. Se seu pai foi ausente, se foi grosseiro, bravo, fechado, carinhoso, cuidadoso? Como é o seu namorado? Bom, no meu caso ele é ausente, ou seja, não existe, finito, nulo, zero. Não tenho namorado e já faz um tempo. Porque será? Difícil achar alguém tão bom quanto meu pai.
Não tenho namorado e já faz um tempo. Porque será?
O referencial que eu tenho de homem é realmente exigente. Meu pai é doce, companheiro, prestativo. Faz concertos em casa, lava a louça para minha mãe poder tirar uma soneca, tem um espírito de moleque e aos 62 sobre em árvores. Não dá muita bola para bens materiais e nem para a aparência. É autêntico e não liga para o que os outros vão falar. É humilde, se satisfaz com as coisas simples da vida. Ama a família é carinhoso, sabe cozinhar, gosta de animais e plantas, é criativo, inventa coisas. Faz chá quando estou doente, me cuida, me entende e não me prende. Me dá sua opinião mas não interfere. Me respeita como pessoa e aceita minhas escolhas. Me acolhe, me dá colo, faz companhia, dá conselho. É engraçado, divertido e leve. Quando está preocupado se cala, fica quieto. Nunca tive medo dele, mas não suporto vê-lo triste. Enfim... qual é o defeito? É desligado, um pouco acomodado demais, porque pra ele tudo tá bom. É esquecido, perde tudo...as chaves, os documentos, as ferramentas e fuma. Mas mesmo assim, pra mim, ele é perfeito.


Eu sou mais uma Electra perdida em seu complexo, mas extremamente agradecida por ser amada por um homem tão especial que me deu a vida e não tenho vergonha de dizer: Sou apaixonada pelo meu pai!! Aproveitando desejo FELIZ DIA DOS PAIS!

quarta-feira, 28 de julho de 2010

U R G E N T E

Meninas...mulheres acabei descobrindo que os HOMENS estão acessando nosso blog. Curiosos dão a desculpa que querem "entender" o que passa na cabeça das mulheres, afff.
Então vamos APROVEITAR para dar o recado.

O QUE VOCÊ TEM A DIZER PARA OS HOMENS?

Responda via comentário, que publico aqui na primeira página.
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Lindo...se você acha que faz um sexo oral bom? Tenha certeza que pode melhorar... Teste, ouse, perceba mais qual o ponto em que a mulher fica mais excitada, varie o tipo de "lambida", "língua mais dura", "mais mole". Enfim... Pelo o que ouço e pela minha própria experiência, a grande maioria dos homens não sabem fazer sexo oral "bom", um momento que é de extrema importância para nós mulheres, hehehe. Vamos praticar e desenvolver isso ai, hem??? rsrsrs
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Homens...Homens uma dica importante, mulheres adoram romantismo, por mais que ela não demonstre elas amaaammmm...Mas porém, todavia, contudo...não seja romântico em tempo integral, uma dose de safadeza(sexualmente falando claro...um tapinha não dói...) é muito bem vinda...nós também agradecemos!!!!!
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Hei... você mesmo! Não adianta fazer essa cara de desentendido... mulher odeia quando o cara chega pegando na balada. Será que dá pra falar sem “relar” a mão? Coisa mais invasiva!!! Fala sem encontar, tá legal!!! Uma mão boba só vale depois do beijo, ok?!
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Gato... se você encontrar uma revista feminina aberta no banheiro, na sala, ou em qualquer outro lugar da sua casa PRESTA ATENÇÃO... com certeza é uma mensagem subliminar que sua amada deseja que você veja. Tipo "como encontrar o ponto G". Tá ligado né?

sexta-feira, 23 de julho de 2010

TPM eu?

Cada mês é diferente. Diferente “o carai” é sempre essa mesma merda de ficar com o humor alterado. ALGUÉM DESLIGA ESSA BOSTA !!! Ah não agüento mais esse chiado. Mas como eu ia dizendo, a TPM não está sob o nosso controle...de repente os músculos do rosto se contraem e dá uma vontade de roer o lápis, a caneta, as unhas, a roupa do rei do rato que roueu. DESLIGA ESSA MERDA AÍ, Ó! É bom sempre avisar quem estar por perto para que nada, nada, absolutamente nada do que está sendo expressado por mim seja interpretado na mesma proporção. Putz vou ter que repetir, A BURRICE TE DEIXOU CEGO TAMBÉM? Preciso dizer carinhosamente a você, que ME DEIXE EM PAZ! Mas não me abandone. FINJA QUE EU NÃO EXISTO, por favor, mas não me esqueça. SERÁ QUE DÁ PRA DESLIGAR ESSA PORRA!!!


S I L Ê N C I O


Vai ficar aí lendo igual uma besta? Porque não desligou ainda essa merda e vai fazer uma coisa mais útil pela humanidade. Depois sou eu que tenho TPM...

sexta-feira, 16 de julho de 2010

Dicas para arranjar um Príncipe

Meninas nós cansamos de ouvir essas histórias infantis de conto de fadas e não aprendemos nada com isso? Quantas de nós ainda sonhamos com o tal príncipe encantado e em sermos felizes para sempre?


Então, nossas velhas conhecidas nos dão as dicas. Pensem bem... mas cuidado. Depois do "felizes para sempre" vem o "Fim", "The end". Quem sabe não é melhor curtir a busca? Quem sabe um dos anõezinhos seja um homem ideal...pequeno (exceto o Fafa), mas de bom tamanho...para nossas expectativas? Ou quem sabe um divertido sapo, que não lava o pé por que não qué?
Mas se você, mesmo assim, minha amiga, continua procurando o príncipe, siga os conselhos de mulheres experientes:


Quer um príncipe?
Então comporte-se como uma princesa
na mais alta torre do castelo.
Ser princesa é chato?
Então...
fica com o sapo! (Princesa de tão tão distante)


Quer um píncipe?
Então se finge de morta.  (Branca de Neve e Bela Adormecida)


Quer um Principe?
Suma no ápice da paixão, desapareça..., tome seu rumo, se impirulite no meio da festa... mas não esqueça deixe vestígios para que ele a encontre e seja original, né? Sapatinho de cristal tá muito manjado. (Gata Borralheira)


Só jogue a trança pra ele depois que ele "matar" o dragão (aquela baranga que ele fica sempre). (Rapunzel)


Se apaixone por um homem horrivel, fedido, porco e tranforme ele no seu príncipe, amarre-o, dome-o, dê-lhe chicotadas de amor, queime uma vela em seu peito, e o principal, faça-o pagar todas as contas...só assim ele será um perfeito príncipe.  ( Bela (esposa da Fera))


Boa sorte!!
Beijo, Gina.

quinta-feira, 15 de julho de 2010

Corre loirinho...

Por Gina


O mundo caindo em gotas e eu indo para academia. Sim, quem diria, mas fui de arrasto a reboque das minhas duas amigas loucas. Eles estão loucas pra ficar saradas e lindas para o verão. E eu? Só uma carona! Sapateando feito criança emburrada e entrouxada de roupa fui rosnando.


As meninas cumprimentam um loiro com cara de agricultor. O professor de Spinning. Que raio é isso? Exercícios com bicicleta, elas explicam entusiasmadas. Entramos numa sala escura com luzes piscantes e coloridas, algumas meninas e as malditas (bicicletas).Aquele lugar não combina com o agricultor, digo, professor (loirinho, branco parecia um agricultor). Eufórico, cheio de uma energia contagiante começa a dar as instruções e avisa: Hoje estou malvado! Hum, malvado? Penso eu maliciosa. “Tô” começando a gostar da tortura. A música começa e no ritmo seguimos pedalando. Não pára, não para... ele grita com a voz firme e forte e eu não consigo parar de pensar nas mãos fortes e ásperas do agricultor e nas possíveis hortaliças que cultiva (que horror! Horror nada, atraso, minhas amigas). Meu coração dispara, um calor invade meu corpo e ele continua: Só mais um pouquinho, vamos lá, sobe, senta, ataca. Ataca? Demorô.. corre então neguinho (loirinho). Semana que vêm tem mais!

domingo, 11 de julho de 2010

Desejo reprimido...

por Madame Lua

Ahhh, quantos desejos que precisamos reprimir e fazer de conta que não existem, mesmo sabendo que ao chegar em casa, antes de dormir, eles irão despertar e nos fazer lembrar até o sono chegar. O início de um novo dia é o recomeço da repressão, que saco, acabam-se as fantasias e vou para um novo dia de trabalho.


Todos os dias que o vejo, desejo.

Que vontade de beijar aquela boca e saber que gosto tem, que tipo de beijo me aguarda. Passar as mãos em seu cabelo, fazer carinho, dar um “cheiro” e sentir mais de perto o perfume que ele usa, passar as mãos e sentir o calor do seu corpo, a textura da pele, abraçar, ver ele sem roupa, saber o tamanho de cada parte daquele corpo, olhar seu sorriso e o furinho no seu queixo, hummm, que furinho.

Como tem sido difícil disfarçar o desejo, a vontade e ainda ter que fingir que não é nada disso. Ver ele se movimentar e “sem querer, querendo” levantar um pouco a camiseta para que eu consiga ver só uma pequena parte da barriga e eu, tento disfarçar mais uma vez, como se não tivesse visto, olho pros lados, faço um comentário bobo que não tem nada a ver com o momento. Depois tento imaginar o resto...

Quantas fantasias que ficam só na cabeça, sem poder executar, agir, fazer... fantasias de nós abraçados, nus, fazendo amor bem gostoso de um jeito que não sei qual é, porque não faço idéia de como ele seja na cama, mas como eu quero saber, nossa!!!

E o tempo vai passando e as fantasias só aumentando... quem sabe um dia possa compartilhar com vocês os detalhes de tantos desejos reprimidos que teimo em querer que se tornem realidade. Afinal, a vida é feita de ações!

quarta-feira, 7 de julho de 2010

Fazer amor em qualquer lugar!

Fazer amor é ótimo e na minha opinião deve se fazer sempre em qualquer lugar. Quanto mais inusitado melhor, quanto mais surpreendente, mais verdadeiro. É muito bom fazer amor na cozinha, à mesa, no almoço, enquanto passa o queijo. Bom também é no carro, no ônibus e até no trem. No supermercado é perfeito, na padaria, no bar da esquina, na rua e no elevador.


Meu sonho é fazer amor nas jantas de família (principalmente nos Natais), na presença dos amigos (é muito difícil, mas seria ótimo) e também na hora do jogo de futebol (o que é impossível pra eles, mas nós podemos). Fazer amor no Shopping, no estacionamento, no cinema e na praça de alimentação.


Amorzinho de final de semana, na balada, na praia, em casa mesmo e na sacada.


E por incrível que pareça, quem me ensinou isso foram meus pais. Eles fazem amor na nossa frente. Os vizinhos estranham, ficam surpresos. Fazem mais amor do que nunca. Hoje com 60 anos, fazem todos os dias. Eu os vejo na sala fazendo amor e já peguei eles na cozinha. Não tem medo, nem vergonha e indicam a pratica a todos os casais. Eu admiro e tento fazer igual.


Quero fazer amor na frente de todo mundo. Com as janelas abertas...


Amor se faz com carinho, com gentileza, cuidado. Amor se faz quando se prepara um pãozinho torrado para o outro, quando deixa a louça lavada. Amor se faz dando preferência para que o outro entre primeiro é abrir a porta do carro. Fazer amor no mercado é ajudar com as compras, escolher juntos. Na frente dos amigos é ser amável com o (a) namorado (a), elogiar os dons gastronômicos do (a) parceiro (a). No shopping, fazer amor é ser tolerante, ter paciência e entender as necessidades do(a) outro(a).


Fazer amor é gostoso e dá prazer. Ensine seu(a) escolhido(a) a fazer amor . E deixe que o sexo seja sexo. E com amor, o melhor sexo do mundo.


Beijo pra quem fica!

terça-feira, 6 de julho de 2010

Esvaziamento

por Gina


De repente você se pega num silêncio interno. Um não querer saber e não querer pensar. Simplesmente parada, sem duvidar, sem acreditar, parada num “não sei” estático e confortável. O dia passa, igual. Não ruim, nem tão bom, igual. Amanhece e anoitece, novamente. Alguns chamam isso de equilíbrio. Eu, chamava de mediocridade.

Aprendi a ser medíocre, eu que antes era contestadora, rebelde, “a revoltada”, transgressora, inquieta e conseqüentemente, chata, estou medíocre, morna, bege. “Meus cavalos” (impulsos) pastam bovinamente com as crinas escovadas, relincham de tédio, contidos e domados, quase pangarés. E assim vou vivendo um dia depois do outro e um de cada vez.

Eu que antes tinha 30 e poucos e hoje trinta e um pouco mais: MATURIDADE. Complacência com a vida. Uma doce aceitação de mim mesma, benevolente. O incomodo deu lugar ao aconchego, a busca frenética cedeu à resignação. É o tal caminho do meio, que suporta e acolhe, sem tantas curvas, sem atalhos, sem chegar a lugar algum, leva e vai levando. E a gente vai se acostumando, vai cabendo e esvaziando. Os valores vão mudando e aquilo que era vital, torna-se importante e o que era importante vira trivial. E a vida ganha uma suavidade capaz de perdoar tudo.

domingo, 4 de julho de 2010

Reencontro

Por Madame Lua

Hoje, depois de muitos anos, resolvi escrever... Escrever sobre mim, sobre a vida, sobre a relação com as pessoas. Lembrei, vendo o sol e sentindo a tarde fria de inverno o quanto era gostoso escrever poesia ou qualquer coisa que me vinha a mente, quando eu ainda era adolescente... Me deu saudades de reviver o que eu era e resgatar coisas que perdi com o tempo e que me faziam feliz.
Não lia os e-mails que recebia de amigos há muito tempo, porque comecei a acreditar que outras coisas maiores, eram mais importantes para o meu pouco tempo de descanso em casa nos finais de semana. Hoje li um e-mail lindo e percebi que não são as grandes, mas justamente as pequenas coisas, simples da vida, feitas com amor e presença, que nos fazem feliz.
Li e chorei, era uma história bonita de alguém que não tem preconceitos, que aceita os seres humanos como eles são, sem valorizar sua classe social ou o estado momentâneo em que estão. Chorei porque me identifiquei com o texto, chorei porque me perdi e começo a me resgatar: doce, meiga, humana e ao mesmo tempo, forte para poder me ajudar e dar um pouco de mim, ao outro.
Sinto que se perder de si é bom (por um período de tempo)... assim pude ver e experimentar um lado diferente da vida que costumava levar, muita bebida, muito sexo, muitas baladas, muitos homens diferentes de todos os jeitos e pra todos os gostos, testei tudo o que pude e não foi assim que me encontrei, muito pelo contrário, mais distante de mim eu fiquei.
Só comecei a perceber o quanto estava longe do que sou, quando não me sentia mais presente nos lugares em que estava, como se apenas o meu corpo estivesse ali, mas minha mente não. Reconhecer isso foi cruel, me fez ver o quanto eu não estava vivendo, o quanto eu vegetava em um corpo presente e o resto? Onde será que estava? Isso ainda não consigo responder, mais umas sessões de terapia, talvez me tragam a resposta.
Mas a questão é: consciência = mudança e é isso o que faço agora. Fico horas com as amigas pintando os cabelos, as unhas, fazendo hidratação, tirando as sobrancelhas, fazendo luzes (que aprendemos há pouco tempo e tá dando certo, não sei até quando, rsrsrs). Também tenho tido mais tempo para pensar em mim, para ler coisas interessantes, assistir filmes, caminhar pela manhã sentindo o sol aquecer meu corpo (que delícia). Semana que vem começamos a academia, eu não gosto de musculação, mas vou adorar agora, é uma questão de me entregar a isso e tudo dará certo, tenho fé. Quero voltar a ser eu, sorrir todos os dias, dar “oi” para quem nem conheço, ir ao trabalho caminhando, sentindo o ar entrar nos pulmões e o sol ofuscar meus olhos. Falar com muitas pessoas, reaprender a valorizar mais os amigos, aqueles de verdade, que estão ao meu lado todos os dias! Parar de sentir tanta saudade e ir até o encontro daqueles que não posso ver sempre.
Pensar mais em mim e parar de procurar algo que não encontro, talvez porque o encontro com o outro só ocorra quando eu mesma conseguir me encontrar. Vamos partir desse princípio!

sexta-feira, 2 de julho de 2010

A copa entre mulheres... vai lá... alguém, na bola!

O Brasil volta pra casa. Pra nós é o final da copa e dos nossos encontros super divertidos com chimarrão, pipoca, tinta de cabelo, hidratação e claro, futebol. Gostaria de escrever algo para nos divertir, mas... mais uma vez encontrei o consolo perfeito no blog da Tati Bernadi http://www.tatibernardi.com.br – Bárbaro... é o não é assim?




Por que você não deve ver a Copa com um grupo de mulheres


Compro salgadinhos, pães, queijos e bebidas. Me visto de verde e amarelo. Estou ansiosa mas não é pelo jogo. É porque nunca sei se a quantidade de comida está boa e se a minha casa pode aconchegar tanta gente. Elas chegam com o jogo já começado, pouco se importando. A primeira avisa “tive que passar na farmácia pra comprar pílula do dia seguinte, dei ontem pro meu estagiário”. O foco todo se vira pra ela. Conta! Conta! Robinho avança. Passa pra Kaká. Que passa pra alguém que não sei o nome mas que é a cara do Robinho. Mas qual o nome do seu estagiário? Tem foto dele no Facebook? Tem? Corremos todas pra ver. Ah, não é ruim não hein? Quase sai gol. Mas ninguém viu. Vimos apenas que o Robinho está sem barba. Mas esse é o Robinho mesmo? Vimos também que o time da Costa do Marfim usa um uniforme com listras que os engordam. Alguém comenta “odeio quando vendedora de loja vagabunda fala listas ao invés de listras”. O papo já muda pra regime. A Costa do Marfim quase faz gol, mas alguém comentou “olha o tamanho do negão”. E todas caíram na risada, relembrando experiências individuais com rapazes grandiosos. Teve o...e teve também o...mas teve um que, coitado, o pinto parecia uma latinha de leite condensado. Pequeno e grosso. O que você faz com um pinto desses? Kaká recebe seu primeiro cartão amarelo e não estamos nem aí. Olha o tamanho da bunda desse negão, alguém comenta. E o Kaká, você fazia? Ah, eu fazia sim, mas ele tem pouca experiência, né? Eu gosto de homem mais experiente. Eu não, prefiro os novinhos, tipo meu estagiário. E voltamos pro assunto da pílula do dia seguinte. O goleiro negão usa um uniforme preto. Uai, mas ele tá pelado? Alguém lança essa. Eu to fazendo o álbum da Copa mas só colo os que eu acho bonito, alguém comenta. E esse Lúcio, hein?! Eu pegava! Cre-do, eu não pegava não. Ah, eu pegava, adoro um homem com essa cara de lavrador. Gol do Brasil. Nos abraçamos rapidamente mas estamos mais preocupadas em fazer fotos felizes para colocar no Facebook. Todo mundo tem um ex namorado perdido que entra no nosso facebook e queremos provar que não morremos sem ele por perto e vamos muito bem obrigada. E daí, lá vamos nós, fazer pose. O Brasil perde um gol na sequência mas nem vimos, estamos fazendo pose sensuais com a vuvuzela. Como somos bestas. Muito. Googla aí o Nilmar, ele é um gato. Esse rato? Cre-do. Escuta, moicano é o novo pretinho básico? Por que mesmo a gente tem raiva da França? Ah, é, né? Tirou o Brasil. Em que ano mesmo? Paris, vamos marcar uma viagem? A Mari não tá legal, passou mal por causa da quantidade de frituras que ingeriu e também porque pulou muito na hora do gol. Pressão baixa. A outra tá enjoada por causa da pílula. Eu to enjoada com o cheiro de progressiva de chocolate no ar. Olha o tamanho desse negão! Brasil faz outro gol. Mas teve mão? No gol eu não sei, mas ontem, menina, o cara fazia cada coisa com a mão. Ah é? Mas mão é coisa de namoro juvenil, não? Não. Mão ainda é bom. Não tem idade pra essas coisas. Alguém comenta que homem de cabelo duro não pode fazer o corte “cabelo de buceta” e aí já acabou o jogo, estamos um pouco alcoolizadas, rindo como gralhas loucas e loucas pra postar as fotos no Facebook e fuçar a fotos dos caras que estamos saindo e comentar sobre todas as coisas do mundo, menos futebol.
Por Tati Bernardi

quinta-feira, 1 de julho de 2010

Sobre homens e ogros...Parte 1

Estou conhecendo o universo masculino como nunca. Moro com um irmão e trabalho com 4 homens. Faça os cálculos quanta história eu ouço, quanta bobagem. Eu amo os homens! São adoráveis. Não é ironia não, é verdade! Adoro o jeito simples como enxergam as coisas, são objetivos, desencanados e principalmente desligados. Concentra-se em uma única coisa de uma vez e se divertem com facilidade. São parceiros entre si. Ops, parceiros não, são companheiros, cúmplices e não levam NADA, eu disse NADA tão à sério.



Com seus carros, viram garanhões do transito, fazem do trabalho um jogo e das mulheres um esporte (essa parte eu não gosto muito). Entre si tudo acaba tendo conotação sexual, incrível! Principalmente brincadeiras com a homossexualidade sempre tentando “fragilizar” a masculinidade do “outro”. Eles raramente brigam e não ficam bravos uns com ou outros tão facilmente. Se perdoam e se protegem (ai que inveja).


Sempre existem exceções, mas na maioria não se apegam a detalhes, não são sensíveis, nem românticos (a não ser que por interesse em “conseguir algo”) não sabem dar nome ao que estão sentindo, simplesmente dizem “estou cansado” quando perguntamos: “o que você tem? Estou cansado". Eles são bagunceiros e deixam tudo por onde andam, toalha molhada na cama (é unânime), não notam o nosso corte de cabelo e odeiam dias comemorativos como o “dia dos namorados” (putz cara, é amanhã, tenho que comprar um presente pra minha mulher!), não gostam de shopping, nem de banho muito quente (é regra), peidam e acham isso bonito, dormem imediatamente depois do sexo (o que eu compartilho) e todos, todos tem dois fetiches fortes: sexo anal ("no deles" não, nunca, jamé ) e sexo com 2 mulheres ao mesmo tempo (aff).


Não me venha dizer que encontrou um homem sensível. Isso não é homem negax, não se iluda. Se quiser um cobertor de orelha para esse inverno amiga, trate de acordar a “Fiona” que existe dentro de você. Comece a AMAR esses homens, um mais outros menos, mas todos ogros. Adoráveis ogros.

quarta-feira, 30 de junho de 2010

Bom dias Marias, Anas, Joanas...e todas as loucas e insanas!
Faz um tempo que acompanho o Blog da Tati Bernardi e hoje escrevi isso pra ela. Convidei a Tati para visitar nossa confraria, concha, usina, buraco, blog... esse nosso lugar aqui. Ela me inspirou muito e me consolou muitas vezes. Prescrevo doses semanais do blog dela  http://www.tatibernardi.com.br/ . É massa! Coisas de mulher...Dêem um pulinho lá! Beijo pra quem fica!

terça-feira, 29 de junho de 2010

Olá!

Meu nome não é Gina, mas achei “Gina” um pseudônimo ideal para um papo de vagina, ou seja um blog feminino. Não tem aquela peça de teatro “diálogo do pênis” então faremos deste o diário da vagina e claro, ao contrário do que os homens pensam, não vamos aqui falar somente em sexo, mas tudo que envolve o gênero: sexualidade, as neuras, as “piras”, as TPM’s, as exuberâncias, extravagâncias, exageros, efim, as histórias do nosso dia a dia transformadas em vivência, aprendizado e humor. Um beijo pra quem fica!

O hábito

Como de costume, o despertador toca, hora de acordar pra trabalhar. Meu primeiro bom dia é para a Nhoa que esparramada sobre a cama se entrega a um sono canino, sem culpa, sem compromisso. Eu olho-a com amor e ela retorna com doçura. Como é bom ser correspondida! Estico o pé fora da cama e a mão até o computador, sim, o ap é pequeno o suficiente para eu cozinhar sentada no vazo. (Claro que estou exagerando – adoro o ap onde eu moro) mas esse hábito de olhar o Orkut pode estragar o dia de uma trabalhadora, uma cidadã. Adivinha? Claro, notícias, atualização, fotos. Um dos meus gatinhos confirmados está “namorando”. Como eu já podia prever, uma loira magra, de cabelos longos, alta e NOVA. Bem novinha, uma ninfeta que certamente irá compor com os acessórios do carro NOVO preto dele. Triste? Não fiquei! E pasmem, mandei um depoimento de “congratulações”. Estranho mas achei que tudo ali combinava. O que não combina sou eu com essa vidinha que ele leva. Baladas, viagem, roupas de marca, academia... carro preto, enfim. Ele é vaidoso demais, faz clareamento demais, bronzeamento, musculação o que parece tudo de bom, mas ele tem o maior de todos os defeitos: ouve sertanejo. Eu não agüentaria... E este é meu consolo. Não perdi nada, porque nunca tive nada com ele. Não ganhei nada porque também nunca apostei, resultado 0X0. Não fiquei triste, nem magoada, nem coisa nenhuma, mas na boca ficou um gostinho de morte, de mais um pedaço perdido, uma célula morta talvez, um amarguinho na lateral da língua, sabor de uma paixão vencida.

quarta-feira, 7 de abril de 2010

Sumi porque só faço besteira em sua presença, fico mudo
quando deveria verbalizar, digo um absurdo atrás do outro quando
melhor seria silenciar, faço brincadeiras de mau gosto e sofro
antes, durante e depois de te encontrar.
Sumi porque não há futuro e isso não é o mais difícil de
lidar, pior é não ter presente e o passado ser mais fluido que o ar.
Sumi porque não há o que se possa resgatar, meu sumiço é
covarde mas atento, meio fajuto meio autêntico, sumi porque
sumir é um jogo de paciência, ausentar-se é risco e sapiência,
(Martha Medeiros)

quinta-feira, 1 de abril de 2010

Uma incógnita com braços de Ganesha


Foi assim... um menino de regae... de corpo embalado, cabelos desconhecidos. E uma ingógnita com braços de Ganesha.
Incógnita por que conheço mas não sei quem é...ou vice-versa, naquela noite me olhou diferente, com os olhos de Shiva, de quem planejava a destruição. Ah, fiquei sem ar...pranayama me socorre!
Como poderia dar conta de tantos braços? Braços de Ganesha. Como uma encarnação do Deus indu de quatro braços, quatro mãos e nem primeira, nem segunda, mas uma quarta intenção.
Ah menino de regae, de olhos de Shiva... quem é você?
Tentando me livrar de tudo com a força de uma formiga, fui amolecendo ao som de um mantra: Gaaateee... Gaaateee... Paaaraaagaaateee... Parassssamgaaateee... Booodhiii-suaaahaaa... que se refere ao mantra dos invencíveis, que, neste caso é ele. Por que eu... a essas horas nem Krishna, Krishna hare hare adiantou.
O dia nasce...e o despertar da consciência acontece: um estranho em minha cama. E agora a mente é um calabouço. E a curiosidade é um bichinho que cresce descontrolado. Haja desdobramento astral... é hora de meditar... pensa no azul, respira lilás.

quarta-feira, 31 de março de 2010

(A) CORDA...


A amizade é como uma corda. Trilhada no embalo de uma música, cantada junto, pensamentos numa mesma melodia, serve para pular, brincar, se divertir. Quando uma das pontas escapa, a brincadeira pára. A música pára, cria-se então uma nova função para a corda.O que eu faço com isso agora?
Para amarrar, resgatar, pendurar, também serve, a amizade é essa corda de nós que faz vínculos, amarra pessoas umas às outras e às sustentam, as vezes sobre um penhasco de dúvidas e incertezas ou amarradas pelo simples desejo de ser par, ser múltiplo, pertenço. Puxa de um fundo de poço, vem do nada, quando menos se espera, desenrola, dá a chance de começar de novo. Uma simples trama de fibras, ergue, impulsiona, traz à tona.
A corda, assim como a amizade, dependendo de como é usada, aperta, machuca, sufoca. Quando é muito curta, não faz elos. Estica, puxa, tenta, enrosca algum sentimento em comum para provocar parceria, encontro, enlace.
Estica muito quando as opiniões são opostas, diversas. Cria tensão, ameaça romper. Até que arrebenta. E quando isso acontece cada um cai para um lado, com um pedaço nas mãos,com os fiapos. Sem utilidade, só pedaço, lembrança desfiada de algo que foi forte, útil e flexível. Agora não amarra, não prende, não une... logo, não serve mais pra nada!
Uma amizade que se rompe é uma corda sem força, desgastada pelo tempo ou pelo peso dos fatos. Uma amizade que vale a pena pode ser refeita, e a corda pode ter outra espessura, outro comprimento, outra composição de fibras, porém para isso há de se tecer um novo fio, uma nova trama, uma velha história com um novo nó.
Uma amizade que (re) começa pode ser feita até de um fio de linha, que amarrado com cuidado, une aquilo que existe de mais precioso entre as pessoas que é a capacidade de amar e se doar ao outro.
Não esqueça de amar!

“O amor é paciente, o amor é bondoso. Não tem inveja. O amor não é orgulhoso. Não é arrogante. Nem escandaloso. Não busca os seus próprios interesses, não se irrita, não guarda rancor, não se alegra com a injustiça, mas se rejubila com a verdade. TUDO DESCULPA, TUDO CRÊ, TUDO ESPERA, TUDO SUPORTA.”

sexta-feira, 14 de agosto de 2009

Se gosto ...ou... não gosto!

Gosto dos contrastes, mas não dos opostos, porque os contrastes mostram que existem diferenças e os opostos tem certeza delas.
Gosto da dúvida, porque nos dá liberdade de mudar de idéia... e mudar de idéia é olhar as coisas por outro prisma.
E gosto dos prismas, porque nos faz lembrar que existem sempre outros lados...

Não gosto das polaridades mas gosto da linha tênue que difere uma coisa da outra,sutileza.
Gosto dos laços, mas não dos nós. Mas eu deveria gostar dos nós, porque amarram e ao mesmo tempo sustentam, os laços se desfazem quando uma das pontas foi puxada. Puxaram a outra ponta e eu nem vi...perdi o enlace.

Gosto do susto, mas não do grito, porque o grito me assusta, mas o susto me estala a consciência e isso é "se dar conta".
Gosto de me dar conta, mas não de prestá-la à alguém, porque o que é da minha conta é meu, de mais ninguém.

Gosto do silêncio dentro de mim, mas fora, prefiro a música porque a música silencia minha mente mas fala à minha alma.
Gosto do escuro, mas também da luz, porque um lembra o outro, se alternam, se atravessam e escondem coisas um do outro. O que vemos de dia não é da mesma forma como vemos a noite.
E a noite desperta coisas que deveriam ficar para sempre adormecidas,e o dia revela os sonhos sonhados à noite, pois se não houvesse noite não seriam sonhos, seriam pensamentos.

Esses eu não sei se gosto, pensamentos são entidades com vida própria que nos invadem o tempo todo...selvagens, negativos, otimistas demais as vezes, inventivos, pecaminosos, sarcásticos, construtivos, sonhadores... não sei...não pensei muito sobre isso.

quinta-feira, 23 de julho de 2009

Fórmula do vazio....

permitir que aconteçam fatos isolados de momentos encapsulados
formar fragmentos suspensos, partículas de rápida ilusão
sentimentos perplexos de um fio desconexo,
amarrado na solidão

vazio que gera vazio
linha tracejada de uma descontinuidade sufocante
ilhas esquecidas num oceano de expectativa
pedaços lembrados de uma montagem colorida
de saudade envelhecida

quarta-feira, 25 de março de 2009

A distância Exata

quero voltar ao lugar inventado,
momento improvável de encontro marcado
de horário incomum.
ouvir frases que não fazem sentido,
fazem a boca mexer, fazem carinho no ouvido
onde os olhos refletem a luz de um sol amanhecido
onde os sentimentos não tem nome,
mas textura
e que na completa fragilidade,
me sinto segura
um lugar perfeito, na distância exata
do teu ombro esquerdo ao direito
teu peito

sexta-feira, 20 de março de 2009

OUTONO...uma nova estação!

Hoje é dia de mudança de estação. Inicia-se o outono, a época em que as folhas caem, nos ensinando o desapego, pois é chegada a hora de deixar ir o que se acabou, o que não nos serve mais. Não devemos tentar segurar o que já terminou, sejam valores, emoções, coisas ou pessoas. É preciso perceber quais ciclos chegaram ao fim.
As velhas folhas ajudarão como adubo para o nosso solo ficar mais fértil. Este momento nos solicita a introspecção, a análise, um mergulho mais profundo em nossas almas. É a hora de ir para a caverna do grande Urso, conhecer seus segredos, sua magia, sua cura e sua sabedoria. Ter um tempo para si mesmo, para compreender e manifestar o grande espírito que habita em você. Agradecer por tudo o que existe de bom e verdadeiro em nossas vidas. No Outono também celebramos a semente que fomos, a árvore que nos tornamos, as flores que demos, as frutas que geramos e também as novas sementes que surgirão a cada momento.